22.6.10

Candle light

Sempre gostei de cafés, de restaurantes, esplanadas: pessoas sozinhas a ler o jornal, um livro, a beber um capuccino, amigos em conversa despreocupada à volta de copos e petiscos, casais separados por uma garrafa de vinho e duas lasanhas. Em Copenhaga, apetece entrar em todas as portas. Porque, aqui, todas as mesas, balcões, cantos, escadas têm uma vela. E em nenhum sítio há barulho a mais ou a menos.
Em dois dias seguidos, vi-me num café perfeito e num restaurante acolhedor. De repente, vi-me em frente a duas loiras (vá, não comecem) que tinham visto três morenos na vida. Nórdicos puros fascinados pelos costumes Portugueses, no fundo acham que somos todos Brasileiros, nórdicos que querem saber tudo sobre os beijos e abraços que damos todos os dias, nórdicos do outro lado da mesa, depois da vela e das rosas encarnadas.

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