12.8.10

E o jeitinho carioca...


Cá estou eu a sentir o tempo ameno e todos os cheiros entranhados na pele húmida depois de um dia alegremente fatigante, num boteco em frente à praia. Queijo frito, bolinho de bacalhau, carne seca e chopinho. Que não há Brasil melhor que o dos brasileiros. As noites de boémia, essas, ficaram-se pelos tempos passados, também eles áureos, em que o Rio e eu nos encontrámos. Diferentemente áureos; que agora tenho na bagagem não o essencial à vida de um pseudo-boémio, mas sim um minimeu a lambuzar-se por três bolinhos de bacalhau ao mesmo tempo e radiante por, dentro de pouco tempo, juntar mais um ano à sua vasta colecção.
Enquanto Portugal não nos puxa para a espuma dos dias - como dizia o outro - vamos continuar a levantarmo-nos sempre num pulo e responder ao primeiro pássaro da manhã. E enquanto trilhamos as pedras frias do paredão, ora negras, ora brancas (tu nas negras eu nas brancas) vamos praticando o sorrir simples. Sorrir simples como o do velho que passa, o da criança que descobre o andar e o da mãe solteira que nos sorri também ao passar.

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