12.9.10

Let her go, Australia

Eu bem tentei. Por várias vezes dei por mim a travar bruscamente o carro e a guinar o volante para ambos os lados. Pus a música o mais alto que o meu vetusto rádio permitiu. E nada. Cheguei o banco  para a frente e para trás, subi-o e desci-o. E nada. Disse piadas, frases de amor, cantei em falsete. E nada. Iludi-me, atirei para os olhos a areia que, inconscientemente, trazia no carro, numa vã esperança de com isso te ter do meu lado direito a dizer piadas, frases de amor e a cantar. Só então percebi que não havia volta a dar. Consigo agora perceber o porquê de lhe chamarem lugar do morto.

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